Isso não pode ser nomeado viver. Tomo como maldição. Libertem-me, eu imploro por alívio.
Não aguento mais o pulsar do coração.
Devolvo essa alma e desejo ser espuma ao pular nos braços de Oceano. Isso não é viver.
Me falaram, você é tão segura, tão forte, tão determinada.
Como pode se sentir assim? Não a que conheço.
Sabe, sou uma fabulosa escultora de máscaras revestidas de escamas de camaleão.
Nunca me senti segura no abraçar, no tocar e no amar.
Mal acredito em conexões e clamo por viver sozinha com meus demônios até o dia da ceifadora.
Hera revelou sobre a persistência ser o meu aprendizado.
Meu jardim produz heras do qual aro pelas unhas gravas no pedregoso da terra.
Minha ira transcende eras. Os mortos sussurram e marcam por vingança.
É para isso que vivo? Sou o bode expiatório de outrora? A culpa do sepulcro deles é toda mim?
Se é apenas para tal. Engulam-me, devoram-me, peguem de volta em meio a miséria que sou.
Andem rápido! Sinto a umidade e o mofo tomando forma, pois putrefaço dentro dessas paredes.
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